O campeão peso mosca do UFC, Alexandre Pantoja, está pronto para defender seu título pela terceira vez no UFC 310: Muhammad vs Rakhmonov em 7 de dezembro de 2024.
Ele enfrenta um desafio único com Kai Asakura, a sensação japonesa que está fazendo sua estreia no UFC. Asakura, duas vezes campeão dos pesos galos do RIZIN, entra no UFC com um recorde de 21 vitórias e 4 derrotas, com 16 finalizações (13 por nocaute, três por finalização). Apesar de vitórias notáveis, incluindo os pesos-moscas Manel Kape e o ex-desafiante ao título Kyoji Horiguchi, Pantoja ainda é o favorito antes da luta nas probabilidades de apostas de MMA.
O brasileiro tem sido uma força dominante desde que conquistou o cinturão no UFC 290 com uma vitória por decisão dividida sobre Brandon Moreno. Ele seguiu essa vitória com triunfos por decisão unânime contra Brandon Royval e Steve Erceg, mostrando sua evolução como lutador e sua capacidade de se adaptar contra adversários de primeira linha.
Pantoja entra no octógono com uma notável sequência de seis vitórias consecutivas, que inclui vitórias por finalização sobre Royval e Alex Perez. Com 12 vitórias no UFC, ele está se aproximando das lendas do peso mosca Demetrious Johnson e Joseph Benavidez, que lideram a divisão com 13 vitórias cada. Mas como ele se compara aos grandes nomes não apenas de sua divisão, mas também aos melhores brasileiros de todos os tempos?
As lutas de Pantoja são eventos imperdíveis, pois seu estilo de ação garante entretenimento. Seja em suas vitórias emocionantes ou em seus esforços corajosos na derrota, Pantoja sempre agradou aos fãs. Seu retorno ao Brasil no UFC 301, onde foi a atração principal de seu primeiro evento diante de um público local estrondoso, destacou ainda mais sua crescente estatura como um dos melhores pesos-moscas do esporte.
Além de suas conquistas no octógono, a jornada de Pantoja no The Ultimate Fighter foi fundamental, tanto para seu desenvolvimento quanto para a próxima geração de pesos-moscas. Sua evolução de um competidor desastrado para um campeão dominante reflete sua dedicação ao esporte.
Antes da ascensão de Pantoja, Deiveson Figueiredo era o nome de destaque do Brasil na divisão dos pesos-moscas. Duas vezes campeão dos pesos-moscas do UFC, o reinado de Figueiredo foi marcado por seu poder explosivo e rivalidades memoráveis, especialmente sua série de quatro lutas com Brandon Moreno. Figueiredo fez a transição para a divisão dos pesos galos em 2023, mas continua sendo uma figura importante no MMA brasileiro.
Fora do peso mosca, há muitos outros nomes notáveis do Brasil que dominaram a aposta UFC por anos.
Nenhuma discussão sobre a grandeza do MMA brasileiro está completa sem Anderson Silva. Conhecido como “The Spider” (O Aranha), Silva foi o campeão dos pesos médios do UFC por muito tempo, detendo o recorde de mais longo reinado pelo título na história do UFC, com 2.457 dias. Seus golpes dinâmicos, encabeçados por finalizações memoráveis contra Forrest Griffin e Vitor Belfort, estabeleceram o padrão de ouro para os campeões de todas as categorias de peso.
Alguns anos antes de Silva, Royce Gracie apresentou o jiu-jitsu brasileiro ao mundo por meio de seu domínio nos primeiros torneios do UFC. Como pioneiro das artes marciais mistas, o impacto de Gracie no MMA transcende os títulos, pois seu sucesso estabeleceu a base para as gerações de lutadores brasileiros que se seguiram.
E, é claro, nenhuma luta brasileira está completa sem mencionar o grande José Aldo. Ele dominou a divisão dos pesos-penas por quase uma década, defendendo seu cinturão sete vezes e consolidando seu lugar como um dos maiores lutadores da história do UFC.
Conhecido por seus devastadores chutes nas pernas e incrível defesa de quedas, a lendária carreira de Aldo lhe rendeu um lugar no Hall da Fama do UFC.
Para que Pantoja alcance essas mesmas alturas vertiginosas, ele precisa fazer o trabalho no UFC 310 contra Asakura.
Embora ele ainda esteja a alguns passos de igualar o legado de Silva ou Aldo, o domínio de Pantoja na divisão dos pesos-moscas e seu estilo agressivo solidificam sua posição entre os melhores que o Brasil já produziu – ele talvez só precise de mais credenciais de título para provar isso.