Como se tornou de praxe nos últimos anos, a reta final da temporada do circuito internacional de tênis reserva muitas emoções com a disputa do título da Copa Davis. Reconhecida como a Copa do Mundo masculina, a competição centenária foi fundada em 1900 com o objetivo de promover duelos entre países, já que a modalidade sempre teve como principal característica os confrontos individuais entre atletas.
Ao longo de todo esse tempo, o torneio passou por diversas mudanças em seu formato e atualmente é dividido em diferentes etapas ao longo do ano, culminando em um evento final com as oito melhores nações da temporada, valendo o título mundial.
Em 2024, a etapa derradeira da Davis será realizada em Málaga, na Espanha, com confrontos eliminatórios de quartas, semis e final. O grande destaque ficará por conta da despedida do espanhol Rafael Nadal, que disputará em casa o último torneio de sua vitoriosa carreira.
Com o Touro Miúra em quadra, os anfitriões são os segundos principais candidatos ao título, atrás apenas da atual campeã Itália, que conta com um time fortíssimo, liderado pelo número 1 do mundo, Jannik Sinner. Por ordem de favoritismo nas casas de aposta esportiva, as outras seleções participantes são: Estados Unidos, Austrália, Alemanha, Canadá, Holanda e Argentina.
A história da Copa Davis
A competição começou como um desafio entre os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, idealizado por Dwight Davis, um estudante de Harvard que viria a se tornar tricampeão de duplas no US Open. Depois de algumas edições só com os dois países, o torneio rapidamente cresceu, atraindo outras nações e consolidando-se como uma competição global.
Ao longo das décadas, a Copa Davis passou por várias mudanças, como a introdução do Grupo Mundial e, mais recentemente, um novo formato com sede única para as finais. A competição é marcada por seu espírito de equipe e a chance de tenistas jogarem por seus países, o que a diferencia dos torneios individuais do circuito. Apesar desse contexto de nacionalismo, os Grand Slam continuam sendo mais importantes para os tenistas.
O Brasil entrou na disputa da Davis em 1951 e desde então participou de todas as edições, tendo chegado a quatro semifinais, em 1966, 1971, 1992 e 2000. Neste ano, a equipe brasileira foi eliminada na fase de grupos, ficando de fora das finais por muito pouco.
O atual formato da competição
O atual formato da Copa Davis, reformulado em 2019, é um tanto quanto complexo. Ao longo do ano, países do mundo inteiro disputam seletivas regionais em busca de uma vaga para a fase final da competição, enquanto os perdedores são destinados a disputar repescagens para evitar o rebaixamento a divisões inferiores.
Falando especificamente da fase final, ela é dividida em duas etapas. Na primeira, as 16 melhores equipes competem em um evento estilo Copa do Mundo. Divididas em quatro grupos (cada um em uma sede fixa diferente), elas se enfrentam entre si e as duas melhores de cada chave avançam para a última etapa.
Em sede única, os oito times classificados disputam confrontos eliminatórios de quartas, semis e final, definindo o campeão da temporada. Os duelos da fase final são disputados em três jogos, sendo duas partidas de simples e uma de duplas.
Os favoritos ao título em 2024
Agendada para acontecer de 19 a 24 de novembro na quadra dura e coberta do Palacio Deportes Martín Carpena, em Málaga, a etapa decisiva da Copa Davis reunirá sete países que já foram campeões da competição entre os oito finalistas. Apenas a Holanda jamais chegou a uma final. Os Estados Unidos lideram o ranking de troféus, com 32 conquistas, seguidos por Austrália (28), Espanha (6), Alemanha (3), Itália (2), Argentina (1) e Canadá (1).
Quando o assunto é favoritismo para 2024, os italianos são os principais candidatos para defender a conquista do ano passado. Liderada por Jannik Sinner, a Squadra Azzurra tem odds de 2,80 nas casas de apostas esportivas. Atrás do país da bota estão Espanha (4,00), Estados Unidos (5,50), Austrália (7,00), Alemanha (10,00), Canadá (12,00), Holanda (20,00) e Argentina (30,00).