O Rio de Janeiro possui grandes nomes do futebol brasileiro, sendo que cada um deles já contou com estádios históricos em sua trajetória no esporte. Alguns continuam ativos até os dias de hoje, outros acabaram sendo desativados e se tornando apenas uma memória da trajetória do futebol carioca.

O Botafogo, Vasco e Fluminense possuem estádios lendários em suas trajetórias no esporte. Cada um deles já viveu momentos únicos que ficaram marcados nas memórias de seus torcedores para sempre, como vitórias em clássicos e, claro, a conquista de grandes títulos. 

Esses três clubes cariocas possuem uma ligação muito forte com seus estádios, já que cada um teve papel fundamental para o crescimento e reconhecimento desses clubes. 

Afinal, este é o papel principal de um estádio, ser a fortaleza de um clube e sediar momentos históricos da instituição. Neste artigo, você irá conhecer a história de Nilton Santos, São Januário e Estádio de Laranjeiras, as respectivas casas de Botafogo, Vasco da Gama e Fluminense.

A história de Nilton Santos 

Construído para os Jogos Pan-Americanos de 2007, o Estádio Nilton Santos foi erguido pela prefeitura no antigo terreno da Rede Ferroviária Federal, na Rua José dos Reis, no bairro do Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio de Janeiro.

A casa atual do Botafogo foi Inaugurada no dia 30 de junho de 2007, com a vitória do Botafogo por 2 a 1 sobre o Fluminense, o estádio já foi considerado o mais moderno da América Latina e o quinto mais moderno do mundo.

O sonho do Botafogo de ter seu próprio estádio virou realidade em agosto de 2007, quando o clube venceu a licitação realizada pela prefeitura. O clube, então, passou a mandar seus jogos no local, além de administrá-lo e explorá-lo comercialmente. 

Em 2015, a pedido do Botafogo, o nome fantasia foi alterado para Estádio Nilton Santos, em homenagem ao ídolo conhecido como Enciclopédia do Futebol. Em 2017, o nome da lenda do clube Alvinegro se tornou a nomenclatura oficial do estádio.

Além do campo de futebol com grama natural, de dimensões de 105 x 68m, o estádio conta com uma pista de atletismo, com nove raias no padrão standard da IAAF, dois setores para salto triplo e em distância, um para salto com vara, outro para salto em altura e uma pista de dardo. 

Há ainda um campo anexo destinado a treinamentos e uma pista de atletismo interna para aquecimento. O Estádio Nilton Santos atualmente tem capacidade para 46 mil pessoas e foi um dos palcos principais nos Jogos Olímpicos de 2016, onde viu o lendário Usain Bolt disputar sua última Olimpíada da carreira. 

O lendário São Januário 

Em 1923, a diretoria vascaína já traçava planos para a construção de um estádio próprio. Contudo, a ideia só foi levada mesmo a cabo após surgir a AMEA (Associação Metropolitana de Esportes Athleticos), liga formada por clubes da elite carioca e responsável por gerir o futebol do Rio de Janeiro na época.

A associação não permitiu com que o Vasco da Gama se tornasse um dos clubes membros do grupo, tendo como um dos motivos argumentados para a não inclusão do clube a falta de um estádio próprio. 

Para não se “curvar” aos polêmicos adversários aristocráticos, que comumente não aceitavam pessoas de certas classes sociais, para não se dizer outras coisas, e que por tabela retiraram o Vasco e outros clubes da jogada do, então badalado, Campeonato Carioca, foi-se então dado o pontapé para a construção de São Januário. 

São Januário foi erguido graças aos próprios vascaínos, que lideraram a campanha de arrecadação de recursos, com os torcedores que arrecadaram 685 contos e 895 mil réis para comprar o terreno em São Cristóvão, escolhido pelo Vasco por ser parecido com seu local de fundação, na zona portuária do Rio, e 2.000 contos de réis somente para a construção do estádio.

O estádio São Januário representa muito mais do que a casa do Vasco da Gama, é um símbolo da luta contra o preconceito e racismo. A construção da casa do Gigante da Colina foi o primeiro passo para chegarmos ao futebol como conhecemos hoje.

O inativo Estádio de Laranjeiras 

Este estádio não tem importância somente para o Fluminense, mas também para a história da seleção brasileira. Berço do futebol nacional, o campo das Laranjeiras foi o palco do primeiro jogo da história da Seleção Brasileira, em 1914. 

A partida foi um amistoso contra os ingleses do Exeter City e os brasileiros levaram a melhor, vencendo por 2 a 0. Ali, cinco anos depois, seria erguido o histórico Estádio das Laranjeiras, também conhecido como Estádio Manoel Schwartz. 

Construído para que o Brasil pudesse sediar o Campeonato Sul-Americano de Seleções em 1919, o Estádio de Laranjeiras foi o primeiro projeto desenvolvido de um campo de futebol de alto nível.

Parte importante da história da Seleção Brasileira, o Estádio das Laranjeiras é conhecido como o estádio onde o Brasil jamais perdeu. Entre 1914 e 1918, foram 18 jogos da verde e amarela nas Laranjeiras e nenhuma derrota. A última conquista da Seleção no estádio foi a Copa Rio Branco em 1931, quando o Brasil venceu o Uruguai por 3 a 2 com gols de Nilo, jogador com brilhante passagem pelo Fluminense.

Já o Tricolor disputou partidas no estádio até 2003, totalizando 842 jogos nas Laranjeiras. O estádio recebeu os treinos, as coletivas de imprensa e toda a preparação dos jogadores do Fluminense até 2016, quando foi inaugurado o CT da Barra da Tijuca.

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